
Rogério Alves, advogado - Uma operação conjunta entre as Polícias Civis da Bahia e de Minas Gerais prendeu, em Belo Horizonte, uma advogada suspeita de liderar um grupo criminoso envolvido em fraudes contra o sistema judiciário e instituições bancárias.
O foco do esquema era o saque indevido de precatórios, totalizando cerca de R$ 600 mil em desvios.
Conhecida nas redes sociais por ostentar uma vida de luxo, a advogada está sendo investigada junto a outros colegas de profissão, também suspeitos de participação no esquema.
A prisão é resultado de uma ação coordenada pelo Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC) da Bahia e pela Coordenação de Operações Estratégicas da Polícia Civil de Minas Gerais, que destacaram a importância da cooperação interestadual no combate ao crime organizado.
Casos como esse evidenciam a urgência de uma revisão profunda nos cursos de Direito oferecidos no Brasil, muitos dos quais têm formado profissionais sem a devida qualificação ética e técnica.
A proliferação desenfreada de faculdades, aliada à fragilidade dos mecanismos de controle profissional, facilita o ingresso de indivíduos mal-intencionados na advocacia, que acabam usando o diploma como ferramenta para o crime.
Cabe à OAB adotar posturas mais firmes, com fiscalização efetiva do comportamento de seus membros, para preservar a credibilidade da profissão e proteger a sociedade dos falsos advogados que, ao invés de defender a justiça, contribuem para corroê-la.