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Além de Bolsonaro, outras 33 pessoas foram denunciadas, incluindo ex-ministros e militares de alta patente, como os generais Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil), Augusto Heleno (ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional) e Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro).
Com a denúncia apresentada, abre-se um prazo de 15 dias para que a defesa dos acusados apresente suas contestações. Caso haja questionamentos sobre trechos da acusação, a PGR terá cinco dias para responder. Em seguida, o ministro relator analisará os argumentos da acusação e da defesa para decidir se encaminha o caso para julgamento na Primeira Turma do STF.
Se a maioria dos ministros aceitar a denúncia, Bolsonaro e os demais denunciados se tornarão réus e responderão a um processo criminal. Durante a instrução processual, terão acesso aos detalhes da investigação e poderão apresentar suas defesas. Ao final do processo, a Primeira Turma do STF decidirá pela condenação ou absolvição dos acusados.
Embora Bolsonaro tenha perdido o foro privilegiado após deixar a presidência, o STF manteve o caso na Corte, pois considera que crimes contra as instituições democráticas, como os atos de 8 de janeiro de 2023, devem ser julgados pelo tribunal.
A denúncia da PGR não significa que Bolsonaro será preso imediatamente. Ele só poderia ser detido em flagrante ou preventivamente caso a Justiça entenda que ele representa um risco à sociedade ou pode interferir no andamento do processo. Se condenado, cumprirá pena apenas após o trânsito em julgado, ou seja, quando não houver mais possibilidades de recurso. Fonte: Correio Braziliense.
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