Rogério Alves: Crime organizado? Acho que não...

Rogério Alves, advogado - Tenho tido muitos debates sobre o crime organizado está comandando a nossa sociedade em quase todas as cidades e eu tenho insistido na tese de que não é o crime que controla o Estado, mas o Estado que comanda o crime.

O crime não possui estrutura para vencer o Estado, mas não existe luta justa quando o Estado, ao invés de proteger o cidadão, controla o crime e se disfarça de policiais.

"Criminosos faccionados estariam sendo beneficiados com informações relevantes, fornecidas por militares da ativa e da reserva, além de ex-policial", diz a portaria de instauração do inquérito da Corregedoria de São Paulo.

"Foi possível coletar indícios de convivência de policiais militares com criminosos faccionados, assim como a constatação de patrimônio incompatível com a renda de alguns dos envolvidos", menciona outra reportagem.

Está na hora dos verdadeiros policiais virarem o jogo. Precisam voltar a defender o povo e parar de serem confundidos com bandidos.

PENSE
Os principais beneficiados pelos vazamentos de informações, segundo a Corregedoria, seriam chefes do PCC como:
Anselmo Becheli Santa Fausta (vulgo Cara Preta, morto em 2021);
Claudio Marcos de Almeida (o Django, também morto);
Marcos Roberto de Almeida (o Tuta, foragido, que já chegou a ser apontado como o número 1 da facção fora dos presídios);
Silvio Luiz Ferreira (o Cebola, foragido) e Rafael Maeda Pires (o Japa, também morto).

Se o Estado conhece os líderes desses grupos criminosos, porque eles não estao isolados?

Como podem controlar o crime de dentro da prisão, que é controlado pelo Estado?

A reposta parece óbvia, o líder é o Estado e seus governantes. Os criminosos são apenas os "testas de ferro".

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