Roberto Costa, Rafael Brito e Rildo Amaral: desafio de representar a geração que chegou de fato ao poder no Maranhão
Ribamar Corrêa, repórter tempo - Três prefeitos eleitos representam uma geração de políticos ainda jovens, mas já com experiência consolidada e que, por isso, são alvo de muita expectativa nos seus municípios e fora deles. Roberto Costa (MDB), deputado estadual e prefeito eleito de Bacabal, Rafael Brito (PSB), deputado estadual e prefeito eleito de Timon e Rildo Amaral (PP), deputado estadual e prefeito eleito de Imperatriz são nomes destacados do mosaico político maranhense e a eleição deles pode ser interpretada como uma manifestação de confiança, e não como uma aposta que pode dar certo ou dar errado. Os três têm sobre os ombros o enorme desafio de não desapontar os seus eleitores, e certamente estão cientes de que resultado do trabalho de cada um com gestor pode representar um impulso gigantesco nas suas carreiras ou o fim da trajetória na sensível seara da política.
Administrador por formação e político por profissão e convicção, o deputado Roberto Costa, 50 anos, é, de longe, o prefeito eleito que mais vem atraindo atenções, tanto pelo fato de haver conquistado a Prefeitura de Bacabal, uma das 15 maiores cidades do Maranhão, com 105 mil habitantes, e epicentro político e econômico de uma região rica, o Médio Mearim, quanto pelo fato de ser um dos políticos mais atuantes da atualidade no Maranhão, como vice-presidente estadual do MDB e 2º secretário da Assembleia Legislativa. Sua relação com o governador Carlos Brandão (PSB) e com o eixo São Luís/Brasília sugerem que ele pode abrir portas que a grande maioria não consegue. O seu projeto é fazer uma gestão modelo e, naturalmente, ampliar o seu horizonte político, começando pela presidência da Federação dos Municípios (Famem), para a qual deve ser eleito em janeiro, ganhando visibilidade estadual.
O deputado Rafael Brito (PSB), 42 anos, que é engenheiro civil por formação, ganhou o desafio de dar um novo rumo a Timon, o terceiro maior município do Maranhão, com 183 mil habitantes e que faz fronteira com Teresina, a capital do Piauí e vem há tempos sendo comandado direta ou indiretamente pelo clã dos Leitoa. Eleito com o apoio enfático do governador Carlos Brandão (PSB), de cujo Governo foi líder no parlamento estadual, Rafael Brito vai enfrentar a tarefa de tornar Timon uma cidade próspera, deixando de ser o que os seus inimigos chamam de “grande bairro de Teresina”. Rafael Brito foi desafiado durante a campanha, que se tornou intensa e desafiadora, à medida que tinha coimo adversária uma mulher, Dinair Veloso (PDT) com adversária em busca da reeleição.
Dos três, o maior desafio é, de longe, o do deputado Rildo Amaral, 47 anos, que é professor de Educação Física e virou profissional da política, e tem o desafio de retirar Imperatriz, a segunda maior e mais rica cidade do Maranhão, com quase 250 mil habitantes, do charco administrativo e financeiro em que foi colocada pela atual administração. Ali, segundo informações do próprio prefeito eleito, o caos está instalado na área de saúde, que praticamente entrou em colapso. A seu favor, Rildo Amaral tem um amplo leque de apoio que o levam sem maiores problemas ao Governo do Estado e ao Governo Federal, parceiros que podem ajudá-lo a superar os problemas que o aguardam para normalizar a vida na Princesa do Tocantins. Outro fator que terá a seu favor é uma força de vontade que o tornam um político determinado.
Esses três prefeitos eleitos, que vão cuidar da vida de quase meio milhão de maranhenses, podem ser vistos como expressões de uma geração que trilhou os caminhos pedregosos e os altos e baixos da política e que chegou ao poder pela força de vontade, pelo poder de articulação e pela construção de alianças que impulsionaram suas carreiras bem-sucedidas. Se conseguirem transformar suas trajetórias em eficiência administrativa, terão o gás que precisarão para dar passos mais ousados no grande e traiçoeiro tabuleiro da política.