Rogério Alves, advogado - Eu entendo a falta de indignação do bacabalense com a situação política e socioeconômica de Bacabal.
Já que todo mundo vende voto, porque lutar contra o sistema?
A compra de votos é uma prática que compromete a integridade democrática e perpetua a desigualdade social, afetando diretamente o futuro de nossos filhos.
A ausência de indústrias e grandes empresas em Bacabal, comparado a outras cidades do nosso estado do Maranhão, como já dito em matéria anterior, contribui para a concentração de riqueza na mão de poucos, especialmente aqueles envolvidos na pecuária.
Isso cria um cenário onde a população é vulnerável à exploração por políticos corruptos que se aproveitam da miséria e da falta de oportunidades. Então, quando você ver uma fila ao sol quente, com uma multidão esperando por alimentos; quando você ver uma mesa de fazenda com almoço grátis; quando você ver políticos em redes sociais de chapéu de palha, não é por que são bons políticos, mas sim porque exploram a miséria alheia.
Em Bacabal não há espaço para indignação contra essas mazelas, porque a oposição se mostra com a mesma cara em relação à corrupção eleitoral, o que agrava essa situação, pois ao adotarem práticas similares aos atuais governantes, deixam a população desamparada e sem perspectivas de mudança real.
A política do "quanto pior, melhor" mina a confiança da população nos seus representantes e enfraquece as bases da democracia.
Fique certo(a) disso: Não tem vereador independente e nem candidato a prefeito que compre voto, que não tenha vínculo com a corrupção.
Para mudar esse cenário, é crucial que os cidadãos se engajem politicamente, exigindo transparência nos gastos públicos e responsabilidade dos seus representantes na fiscalização de obras e serviços.
Somente com uma liderança ética e comprometida com o bem-estar da população é possível garantir um futuro digno para Bacabal e outras cidades em situação semelhante.