CID DELATA BOLSONARO E DIZ QUE ENTREGOU PROPINA DAS JOIAS EM DINHEIRO VIVO A ELE.
Rogério Alves, advogado - É surpreendente a capacidade quase insana dos bolsonaristas em encontrar justificativas para os erros de seu líder.
Para cada ato há uma desculpa.
Pois bem, o maior de todos os seus apoiadores, o tenente-coronel Mauro Cid, admitiu ter participado da venda de dois relógios de luxo recebidos por Jair Bolsonaro (PL).
O depoimento desmente o ex-presidente que afirmou que desconhecia o negócio e não havia recebido dinheiro proveniente de venda dos presentes.
O depoimento de Cid desmonta essa versão.
"O presidente estava preocupado com a vida financeira. Ele já havia sido condenado a pagar várias multas", contou.
O militar disse que não tinha conhecimento da ilegalidade da venda de joias.
"A venda pode ter sido imoral? Pode. Mas a gente achava que não era ilegal", contou o ex-ajudante de ordens.
Com o depoimenro CID ganhou a liberdade (estava preso desde maio, após acusação de fraudes em cartões de vacinação) e assinou a sentença de prisão de Bolsonaro.
Com a prisão não haverá uma comoção nacional em favor do ex-presidente.
Ele ficará esquecido na cadeia, pois não construiu uma base aliada para lhe proteger, pelo contrário, abandonou todos os seus pelo caminho, protegendo apenas a si mesmo e aos filhos.
No campo político o bolsonarismo já encontrou um substito, no caso, uma substituta: Michele.
Eu acredito que Valdemar (presidente do PL) vai manter a imagem do ex-presidente no partido somente até consolidar a imagem de Michele dentro das igrejas evangélicas e depois descartar o futuro presidiário à sua própria sorte.
É só uma questão de tempo.
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