Rogério Alves, advogado - Em mais uma reunião do governo convocada pelo provocador maior da república, o presidente Jair Bolsonaro (PL) reforçou os ataques ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ainda foi apoiado por seus ministros.
O chefe do Executivo disse que não pode participar de uma disputa com ela já perdida, cobrando para que as eleições sejam, nas suas palavras, "limpas".
Vejam bem:
1. A eleição será com voto eletrônico e o sistema de votação será auditável na forma prevista na Lei atual e NÃO PODE MAIS MUDAR para as eleições de 2022. Então, Bolsonaro terá que ser candidato com essas regras ou desistir.
2. Se for candidato, com as regras atuais, terá que aceitar o ganhar ou perder, pois não poderá reclamar depois do resultado, senão, será tratado como criminoso golpista e será preso.
3. Se não for candidato (já que acha que vai perder as eleições) terá que governar o país até 31 de dezembro de 2022, sem atacar a democracia, por que senão, poderá sofrer um impeachment.
De qualquer modo, candidato ou não, Bolsonaro já está ficando conhecido como aquele menino chorão que só joga se puder ganhar.
Quando perde grita: mamãaaae.
No caso, grita: Forças armaaadas.
A CULTURA AINDA PULSA
Congresso derruba vetos de Bolsonaro, e leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc entrarão em vigor
Mais uma derrota para o presidente Jair Bolsonaro. O Congresso Nacional derrubou nesta terça-feira (5) os vetos presidenciais a dois projetos que preveem ajuda financeira ao setor cultural — os das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2 (leia detalhes sobre as duas leis mais abaixo).
No caso da Lei Aldir Blanc, deputados deram 414 votos pela derrubada do veto e 39 pela manutenção. Entre os senadores, foram 69 votos a zero contra o veto. Com relação à Lei Paulo Gustavo, o placar foi de 66 a zero entre os senadores, e de 356 a 36 entre os deputados. A própria liderança do governo orientou pela rejeição dos vetos.
A verdade é que o presidente sabia que seria vencido, mas continua fazendo jogo de cena para seus seguidores que, como ele, querem criar uma republiqueta teocrática onde se oprime as mulheres e se persegue negros e homossexuais. E olha que já tem muita gente criando coragem pra defender isso em público viu.
Os artistas reforçaram a importância das duas leis para a democratização do acesso à cultura e à arte e chamaram os textos de “SUS da cultura”, em referência ao Sistema Único de Saúde. Acesse o blog do advogado Rogério Alves clicando AQUI.