Na ciranda das articulações que desaguaram na montagem da Mesa Diretora que comandará a Assembleia Legislativa no último e decisivo biênio da atual legislatura, dois deputados se destacaram: o pedetista Glaubert Cutrim e o emedebista Roberto Costa.
Ribamar Corrêa, repórter tempo - Com o aval do PDT, Glaubert Cutrim (foto) foi reeleito 1º vice-presidente da Assembleia Legislativa, um cargo estratégico no segundo biênio. Se o presidente Othelino Neto deixar o cargo assumir o Governo ou disputar assento na Câmara federal ou no Senado, o parlamentar, que está no segundo mandato, assumirá o comando da Casa, ganhando, além do status de chefe de Poder, uma estatura que lhe dará voz de peso na mesa das negociações políticas decisivas para a grande guerra eleitoral de 2022.
Entusiasmado com a reeleição, ele agradeceu ao PDT e, ao lado do pai, o conselheiro do TCE Edmar Cutrim, e do irmão, deputado federal Gil Cutrim, Glaubert Cutrim assumiu o compromisso honrar o mandato.
Roberto Costa (foto) ganhou destaque por outro caminho. No clima de consenso que dominou as articulações para a formação da futura Mesa Diretora, o deputado emedebista abriu mão de se reeleger 4º vice-presidente para ceder a vaga para o deputado César Pires (PV), num grande entendimento na seara oposicionista.
Se decidisse manter-se no cargo, bastaria levar a decisão para uma votação no plenário, que teria sem dúvida a maioria dos votos. Político inteligente, que tem os pés no chão, Roberto Costa preferiu abrir mão do cargo e cedê-lo a puxar César Pires para um confronto desnecessário.
Saiu do episódio em paz com a banda oposicionista e com o respeito dos deputados de tidas as correntes, a começar pelo presidente Othelino Neto, que foi o mediador e fiador do gesto de Roberto Costa.