"O ministro Padilha tem a nossa confiança", declarou André Moura, líder do governo no Congresso
Por Da redação, Veja

Padilha comandou reunião para discutir estratégia de defesa da reforma da Previdência (Sergio Dutti/VEJA)
Após reunião com todos os líderes da base aliada no Planalto, o líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), saiu em defesa do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. O ministro comandou a reunião, em seu primeiro dia de trabalho depois de retornar de licença médica de 21 dias, para discutir a estratégia de defesa da reforma da Previdência em tramitação na Câmara.
“O ministro Padilha tem a nossa confiança”, declarou André Moura. E emendou, salientando que falava em nome de todos os líderes aliados: “Eu entendo que ele, e hoje isso foi demonstrado claramente, tem um papel fundamental e goza da confiança de todos nós”. O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), endossou as palavras de Moura. “Contamos com o apoio indispensável do ministro Padilha”, declarou.
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Homem forte do governo Michel Temer, Padilha retorna ao ministério em meio à expectativa de ter seu nome na lista de pedidos de abertura de inquérito decorrentes das delações de executivos da Odebrecht. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve entregar a relação esta semana ao Supremo Tribunal Federal (STF). Durante sua ausência para tratamento de saúde, Padilha foi alvo de denúncias de delatores na Operação Lava Jato. Ele se viu atacado pelo ex-assessor do presidente Michel Temer José Yunes, que disse ter sido usado como “mula” por Padilha, no recebimento de dinheiro de caixa 2 de campanha, em 2014.
A ausência do ministro à frente da articulação política com a Câmara foi sentida pela equipe econômica. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, assumiu esse papel nas últimas semanas, auxiliado pelo secretário de Previdência, Marcelo Caetano, mas a avaliação é que Padilha tem o perfil adequado para esse “enfrentamento” com os parlamentares.
“Prioridade para o país”
A reunião com os líderes, presidida por Padilha, durou cerca de duas horas e meia. O líder André Moura disse ainda que Padilha não deu explicações aos deputados sobre as denúncias. “Não se falou sobre o tema”, observou Moura. Questionado se as denúncias contra Padilha, que está à frente das negociações da reforma da Previdência com o Congresso, podem atrapalhar as votações, Moura afirmou que não. “Nada deve atrapalhar a reforma. Ela é a prioridade para o País”, disse ele, acrescentando que “questões externas” não podem “contaminar”as votações e discussões.
Nesta terça-feira, 14, nova reunião com líderes será comandada por Padilha no Planalto. Desta vez, o relator da PEC na Câmara, Arthur Maia (PPS-BA), que está resistente à reforma e já disse que o texto, como está, não passará na Câmara, estará presente ao encontro.
(Com Estadão Conteúdo)