Eike se reservou ao direito de somente falar em juízo, diz advogado


Constança Rezende

Slide 1 de 1: Três anos após a derrocada do Grupo X, o antigo império integrado de infraestrutura e commodities de Eike Batista foi loteado. Uma parte dos ativos acabou nas mãos de investidores estrangeiros, outra está em processo de transferência para os principais credores, como o fundo soberano Mubadala, de Abu Dabi, e uma parcela menor permanece com o empresário, cuja fortuna é estimada entre R$ 200 milhões e R$ 400 milhões.Leia mais.


RIO - O empresário Eike Batista não respondeu as perguntas dos procuradores e delegados da Força Tarefa da Lava Jato. Segundo o seu advogado, Fernando Martins, "seguindo orientação da defesa, Eike se reservou ao direito de somente falar em juízo".
Eike prestou depoimento na Polícia Federal, na noite desta terça-feira, 31. Ele permaneceu 3h45 na superintendência, na zona portuária. O criminalista disse, na ocasião, que "a princípio não há possibilidade de delação" por parte do empresário.
Antes de embarcar dos EUA (onde estava foragido) para o Brasil, Eike sinalizou em entrevistas que pretendia colaborar com as investigações, ao afirmar que vai mostrar "como as coisas são".
Eike Batista deixa a sede da Polícia Federal após depoimento© Fornecido por Estadão Eike Batista deixa a sede da Polícia Federal após depoimento
Propina. O empresário é um dos nove alvos da Operação Eficiência, deflagrada na quinta-feira, 26. Ele teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal da Justiça Federal do Rio. 
Eike Batista chega para depor na sede da Polícia Federal, no Rio© Fornecido por Estadão Eike Batista chega para depor na sede da Polícia Federal, no Rio
A Operação investiga um esquema que teria lavado ao menos US$ 100 milhões em propinas para o grupo político do ex-governador Sérgio Cabral, atualmente preso em Bangu 8. O empresário é acusado de pagar propina de US$ 16,5 milhões ao ex-governador do Rio.

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