Representando o governador Flávio Dino, o vice-governador Carlos Brandão participou, nesta quarta-feira (23), da solenidade de abertura do I Encontro Sobre a Cadeia Produtiva do Estado do Maranhão e sua Integração com o Corredor Centro Norte. Presentes, também, empresários, gestores e técnicos do setor público. O encontro termina nesta quinta-feira (24), quando participantes do evento visitam o Porto do Itaqui. A promoção do encontro é da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Corredor Centro Norte (Adecon), Governo do Estado, Prefeitura de São Luís, entidades empresarias do Maranhão e setor portuário.
Entre os palestrantes, o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Ted Lago, que falou sobre “Desafios do Complexo Portuário para estimular a agregação de valores aos produtos de exportação” e o secretário de Estado da Indústria e Comércio, Simplício Araújo, que abordou o tema “Apresentação das potencialidades e oportunidades do Estado do Maranhão”.
“A melhoria na oferta de serviços logísticos certamente aumenta a competitividade dos diversos segmentos econômicos, condição necessária para o bom desempenho de qualquer economia”, reforçou Carlos Brandão. Ele explicou que, em consequência do avanço das mudanças técnicas e organizacionais, as cadeias produtivas brasileiras passaram por um processo de reestruturação, tendo como principais determinantes a competição externa e as mudanças no perfil do consumidor.
A maioria dos assuntos discutidos no encontro foram de interesse dos empresários brasileiros e estrangeiros, entre os quais os desafios do complexo portuário, tancagem e logística de distribuição, produção de verticalização da cadeia mineral, linhas de crédito e de investimento e startups portuárias e de agronegócios. Outro tema foi a promoção das linhas de atuação nas principais cadeias produtivas do Maranhão, visando fortalecer a produção local, qualificar a mão de obra, aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) e diminuir as importações, gerando emprego e renda.
Em sua palestra, o secretário Simplício Araújo frisou as iniciativas que envolvem infraestrutura, logística, ambiência favorável aos negócios, programas de incentivo e geração de emprego e renda. “Estamos fazendo um trabalho que vai de encontro com as potencialidades e necessidades do Maranhão. Temos desenvolvido uma série de ações, a exemplo temos os programas ‘Mais Empresas’ e ‘Mais Avicultura’, além das cadeias produtivas, como no caso da avicultura que nos próximos anos vai gerar milhares de empregos, além da cadeia de couro, que estamos investindo em qualificação”, disse. O secretário afirmou, ainda, que vários investimentos devem acontecer até 2018, graças aos esforços do governo Flávio Dino.
Corredor Centro Norte
O Corredor Centro Norte foi abordado, principalmente com relação a posição geográfica privilegiada do Maranhão em relação aos demais estados que fazem parte desse espaço fundamental para o desenvolvimento da nova fronteira agrícola do país.
De acordo com avaliações colocadas em debate durante o encontro, o Maranhão possui uma das maiores áreas agricultáveis do mundo e conta com recursos naturais que potencializam as suas vantagens para a produção agrícola, animal e de extrativismo mineral. Neste sentido, técnicos e gestores presentes alertaram para a necessidade de aproveitamento dessas oportunidades e chamaram a atenção para o erro de alguns setores que ainda insistem em vincular a agricultura a baixos níveis de produtividade da economia. Eles lembraram que, nas últimas duas décadas, a agricultura e pecuária do Maranhão passaram a protagonizar entre os setores econômicos mais estratégicos para a consolidação de programas de estabilização econômica defendidos pelo governo Flávio Dino.
Dessa forma, as cadeias produtivas, pensadas como negócio, segundo os participantes, envolvem os processos de produção agropecuária, extração, logística e comercialização, além da agroindústria e dos serviços agroindustriais. Portanto, seus efeitos multiplicadores amplificam a representatividade setorial do Maranhão na economia brasileira.
Para os participantes do encontro, a infraestrutura logística deve ter a capacidade de movimentar e armazenar toda a produção agrícola nacional, e, ainda, disponibilizar sistemas para os produtos importados a fim de atender satisfatoriamente à demanda interna.
Os debatedores afirmaram que o crescimento das exportações das commodities tem gerado impacto positivo e revela uma série de deficiências logísticas do país. Tudo isso resultou no aumento dos custos e na redução da competitividade dos produtos brasileiros no exterior. “A nossa luta, por todo este cenário, tem sido incrementar os nossos potenciais produtivos e de escoamento dessas mesmas produções”, explicou o vice-governador.