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Diego Iraheta
Diego Iraheta
A ex-presidente Dilma Rousseff reagiu à denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal contra o ex-presidente Lula nesta quarta-feira (14). Pelo Twitter, a petista disse ver propósito eleitoral na Operação Lava Jato, que investiga esquema bilionário de corrupção na Petrobras.
Segundo a presidente, não há provas contra o ex-presidente. E, por isso, "mais uma vez, a democracia é ferida":
O MPF (Ministério Público Federal) apontou Lula como "comandante máximo" do esquema desmontado pela Lava Jato. Acusou o ex-presidente de montar uma propinocracia, baseado em uma "governabilidade corrompida".
O procurador da República Deltan Dallagnol argumentou que o mensalão e a corrupção na Petrobras foram métodos empregados pelo governo do PT para se manter no poder e conseguir administrar o País.
"Sem o poder de decisão de Lula, esse esquema seria impossível", disse Dallagnol, reconstituindo como o ex-presidente era o elo de políticos envolvidos no petrolão, de partidos como PP e PMDB, da cúpula da estatal e dos empreiteiros presos pela Lava Jato.
Após ser denunciado, o ex-presidente negou as irregularidades e voltou a compartilhar documentos para tentar atestar sua inocência. Lula alega que esteve "apenas uma vez" no tríplex do Edifício Solaris, em Guarujá, no litoral de São Paulo.
O MPF acusa Lula de ter recebido R$ 3,7 milhões de propina da OAS. O repasse teria sido feito por meio de upgrade em imóveis, reforma e decoração do tríplex, além do armazenamento de bens do ex-presidente pela OAS Léo Pinheiro.
O presidente do PT, Rui Falcão, saiu em defesa do companheiro de partido:
"Se houver um mínimo de justiça, essa denúncia não deveria ser acatada. Está mais que comprovado que o presidente Lula não é proprietário de apartamento, nunca se beneficiou ilegalmente de nada usando seu cargo."
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