Veloso e Leda: depois da conversa o dinheiro apareceu. |
O
prefeito de Bacabal José Alberto Oliveira Veloso teve, na manhã e ontem, o
comportamento de um poltrão quando
soube que a sede do poder executivo municipal estava ocupada por centenas de
agentes comunitários de saúde.
Veloso
simplesmente fugiu da sua responsabilidade de gestor e deixou que o abacaxi fosse
resolvido pelo secretário adjunto de administração Raimundo Sirino Rodrigues
Filho. Esse fato decepcionou muito aos agentes de saúde, que esperavam receber diretamente do prefeito de Bacabal uma explicação para o atraso dos seus salários.
José
Alberto Oliveira Veloso preferiu enviar sua esposa, primeira dama e nepote secretária
municipal de assistência social Sílvia Cristina Braga Veloso como olheira. Enquanto os agentes tomavam
conta do prédio da prefeitura Veloso optou pelo aconchego dos braços da turma da guimba se homiziando na sede da secretaria de cultura.
De
lá o prefeito disparou dezenas de ligações, sendo uma delas para o secretário
de Saúde, médico Antonio Hidalgo da Silveira Leda - que foi ao seu encontro, e,
depois de longa discussão os dois decidiram que seria melhor autorizar de
imediato o pagamento dos agentes.
Enquanto
isso, a cerca de 500 metros do local em que o prefeito se encontrava, na sede
da prefeitura, decepcionados os agentes de saúde cobravam dos funcionários da
casa a presença do gestor, mostrando completa insatisfação com a falta de
hombridade do mesmo.
Os
agentes disseram em alto e bom tom que aquela já era a quarta vez que eles
procuravam o prefeito para que ele resolvesse o problema que enfrentavam, sendo
que em nenhuma dessas vezes o encontraram dando expediente na prefeitura. Lembraram
também que, na condição de candidato a prefeito, Veloso tinha tempo de
disponibilidade para eles.
Recebidos pelo adjunto
de administração e desmentido
Como
José Alberto Oliveira Veloso, o prefeito de Bacabal, não apareceu os agentes
comunitários de saúde acabaram sendo recebidos pelo secretário adjunto de
administração, professor doutor Raimundo Sirino Rodrigues Filho. Doutor Sirino
estava contando uma história insossa sobre atrasos de transferências bancárias
quando foi informado, ao pé do ouvido, que o prefeito e o secretário de saúde
haviam autorizado o pagamento do mês atrasado.
Felizes
com a vitória os agentes comunitários de saúde deixaram a prefeitura prometendo
continuar mobilizados.
Além
do mito do pagamento de salários em dia, outra história que foi derrubada e
explicada pelos agentes comunitários foi a contada pelo secretário de saúde
Hidalgo Leda. Leda passou o ano todo explicando que a administração anterior
havia deixado 03 meses de salários abertos e que a administração atual foi
obrigada a negociar esse o valor acumulado e a escaloná-lo como pagamento em 12
vezes.
O
presidente da associação dos agentes comunitários de saúde. Wendel Mesquita Silva
desmentiu Leda de forma categórica. Mesquita explicou que a gestão anterior deixou
aberto apenas um mês e que esse valor foi negociado no número de parcelas
explicado por Leda, dando aproximadamente cerda 90 reais mensal.