![]() |
Três cabeças e seis mãos que não conseguem varrer a
sujeira de Bacabal
|
Em conversa que mantive com o ex-vice-prefeito, ex-deputado estadual
e ex-prefeito de Bacabal, Jurandir Ferro do Lago Pai, há alguns anos, ele
me deixou claro que o hoje senador João Alberto Sousa havia desaprendido de
fazer politica. Naquele momento Alberto queria, mais uma vez, que a esposa de
Lago se aventurasse como candidata a prefeita de Bacabal. Jurandir e filhos
foram veementemente contra a aventura, a empresária Taugi acabou por fazer
parte do que se considera com a mais bem sucedida articulação política de todos os
tempos em Bacabal, que acabou tornando-a, inimaginavelmente para muitos, como vice candidata
da chapa encabeçada pelo então Prefeito Raimundo Nonato Lisboa, candidato a
reeleição.
Essa articulação, contam, teria tido como base um largo lastro
financeiro e teria sido alinhavada por uma série de compromissos políticos,
entre os quais a eleição da empresária como prefeita no final do mandato
acertado.
Acordo fechado o senador teve o respeito e a boa vontade de me chamar
para uma conversa e me explicar que estava aceitando o fato por saber ser
aquela a única forma de dá sobrevida ao seu grupo político.
No limiar da campanha que acabou por eleger ao atual prefeito José
Alberto Oliveira Veloso eu, também em respeito ao senador, conversei com ele em
São Luis, e lhe expus, na minha visão, a situação política em que Bacabal se
encontrava no momento, mostrando-lhe que a sua pretensa candidata não reunia,
naquele momento, as condições mínimas para voltar a se aventurar em uma
campanha.
O senador me respondeu de forma veemente: “eu vou fazer a eleição com
Lisboa”. Lisboa fez a eleição com Zé Vieira. Ainda argumentei no sentido de que
Alberto tentasse manter contato com o articulador da embrionária candidatura do
pecuarista José Alberto Veloso explicando-lhe que aquele era o momento certo
para abortar a gestação.
Esse contato nunca foi feito e a candidatura de Veloso ganhou o viés
de “a salvação de Bacabal” com o impagável slogan “Vamos varrer a sujeira”.
Alberto foi obrigado a “engolir” a candidatura de Veloso e, mais vez, barganhou
para que sua aliada fosse mantida como vice-prefeita. Além de Taugi o senador
tinha leve queda pelo nome do ex-vice-prefeito Almir Carvalho Rosa Júnior e
ainda sonhou em usar esse nome para abortar a aliança de Vieira com Lisboa.
Conduzindo aqueles que queriam ser "salvos", de vassouras nas mãos,
Veloso e família ganharam as ruas de Bacabal para se eleger prefeito com larga
diferença de votos, criando em nosso povo a falsa esperança de que ele resolveria todos os
problemas do município no momento em que sentasse na cadeira de prefeito.
Anos antes dessas duas conversas que com o senador, nós mantivemos
outro encontro. Esse aconteceu no momento em que Alberto havia sido derrotado, na
condição de vice candidato na chapa encabeçada pela hoje governadora Roseana
Sarney Murad. Naquele momento eu cobrei de Dr. João mais presença em Bacabal e
quase o convenci de vir morar aqui conosco. Talvez até o tenha convencido, mas
outros argumentos falaram mais alto ele acabou apenas alugando uma casa em
Bacabal. Hoje quando vem para cá se hospeda em uma casa alugada pelo deputado
Roberto Costa.
Nessa conversa disse com todas as letras que os problemas que
aconteceram com o seu grupo se deram em função da sua ausência, da sua omissão.
Mas aliviei um pouco contemporizando no sentido de que a culpa não era
completamente dele, porque ele não poderia ter adivinhado que os nomes que ele
escolheu para representá-lo, entre os quais o do ex-deputado estadual Jura
Filho, não conseguiram corresponder e devolver a sua confiança.
Hoje o senador vive situação semelhante. Mesmo sem querer colaborou
para a eleição de José Alberto Veloso.
![]() |
É tempo de algodão doce e pipoca |
Na sua visão Veloso pai e Veloso filho governariam Bacabal. Eu
acrescento mais duas mãos: as mãos do senador João Alberto Sousa.
Talvez por se decepcionar muito com os rebentos políticos que adotou ele agora resolveucolocar na vida pública um herdeiro natural seu. Em nome dele tenta
reviver a velha prática, que talvez me tenha sido lembrada pelo ex-prefeito
Jurandir Lago: anunciar a construção de grandes obras para Bacabal criando
grandes fatos.
Agora teremos a construção de grandes avenidas, entre elas uma que
contornará o Rio Mearim. Ele desistiu de anunciar que ganharemos uma nova ponte
sobre o mesmo Rio Mearim, promessa de pelo menos vinte anos, mas anuncia que a
atual vai ser amplamente reformada, talvez até ser duplicada e, agora
também ganharemos – só que em 2015 -, o curso de medicina.
Enquanto 2015, 2020, não vêm o ano que vem tem eleição e o gordo da
pipoca, como é um homem de palavra, seguramente promoverá mais uma edição do
seu festival...